O Rei do Show | Crítica

janeiro 08, 2018


Em “O Rei do Show”, somos apresentados a história de P.T. Barnum.  P.T. Barnum sofreu muito com a pobreza durante a infância. Apaixonou-se por uma jovem, filha do patrão de seu pai, que imediatamente rechaçou sua pretensão. Os dois mantiveram contato, mesmo contra o gosto do poderoso homem. Barnum perdeu o pai ainda criança, e teve de sobreviver com muita luta. - Tudo isso é metade dedução, metade certeza. O filme tem saltos temporais que te deixam meio no escuro.

Hugh Jackman, emplaca mais uma belíssima atuação em um musical. O ator já tinha participado do ótimo, “Os Miseráveis” em 2012, e agora em “O Rei do Show”, encontramos outra vez um Hugh Jackman, intenso, vivo e poderoso. Sua entrega durante todo o filme é emocionante, e é perceptível em todos os momentos, a cada cena, a cada fala, a cada passo, é um P.T. Barnum cheio daquilo que o move. Cheio de sonhos, esperanças e ambições. 

A trilha sonora é o ponto alto do filme. Ela sustenta toda a trama – que em si mesma é bastante simplória. O filme ganha emoção, intensidade e te cativa na primeira metade, quando acompanhamos a rápida evolução de P.T.Barnum, de um garoto que perde o pai muito cedo, há um jovem aventureiro que se casa com a filha do ex-patrão de seu pai e busca a realização de seus sonhos e a prosperidade de sua família.

P.T. Barnum era um verdadeiro showman. Ele conseguiu atrair público para o seu show de “aberrações”, tornando o seu espetáculo “O maior show da Terra”, como ele mesmo gostava de dizer. O problema, é que quando ele alcança sucesso local, ele quer mais e quer mais e sempre mais. Isso acaba o distanciando de sua família, e acarretando uma série de complicações, não só para o seu show, mas também para suas relações pessoais. Sua esposa mesmo o avisa disso inúmeras vezes, mas ele não dá ouvidos e segue sua jornada cega em busca de sucesso.

Zac Efron e Zendaya, desenvolvem uma sub-trama muito boa na segunda metade do filme. Eles acabam assumindo e protagonizando os momento mais interessantes, visto que P.T.Barnum se afasta de seu espetáculo local para trilhar uma turnê com Rebecca Ferguson (Uma belíssima cantora de ópera, que conheceu no mesmo dia em que foi apresentado à Rainha).

A sub-trama entre os dois, utiliza-se muito bem da música para se desenvolver. Zac Efron é nascido em uma família importante e Zendaya não passa de uma trapezista de circo. A relação entre os dois é cheia de preconceito, medo e paixão. Todos esses sentimentos e reações são bem dosados e bem expostos em poucos minutos de tela, e a química entre os dois fica clara a cada olhar e cada toque.

Conclusão:

Fiquei cansado no final do filme com as músicas e até torci para que eles simplesmente respondessem as perguntas e tecessem diálogos como qualquer pessoa normal faria, mas isso tem muito mais comigo do que com o filme. Eu não sou dado aos musicais, mas reconheço que a trilha de “O Rei do Show” é deliciosa, é dramática, é intensa, é emocionante.

O roteiro, de fato é simples e o filme é sustentado pelo ótimo Hugh Jackaman e pelas micro-tramas que são apresentadas com o auxílio das ótimas músicas e belíssimas coreografias. 

A fotografia do filme também é bastante bela e te coloca dentro do circo, como se você fosse parte da "trupe".

Gostei bastante do filme, apesar de não estar nos meus gêneros preferidos, e de reconhecer que em muitos momentos a trama é bastante “boba”, mesmo assim eu gostei. 

O Filme tem uma primeira metade bem bacana e uma segunda metade com alguns pontos altos que ajudam a tornar irrelevante o cansaço.

Assista-o no cinema. O filme é uma experiência e você precisa escutar essa trilha gostosa no cinema, com todo aquele som e sentindo cada arrepio percorrendo seu corpo. Vale a pena!

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